segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Polêmicas da rodada#27: simulação, impedimento e até 'choro' antecipado

Os árbitros tiveram de lidar com muitas reclamações na 27ª rodada do Campeonato Brasileiro. Nos Aflitos, a torcida do Náutico protestou contra o juiz antes mesmo de o jogo começar. O clássico Fla-Flu teve um fim recheado de polêmicas. No Couto Pereira, Coritiba e São Paulo têm razão para protestar, assim como o Cruzeiro, que deixou o campo de jogo em Varginha reclamando do árbitro. Já a torcida do Náutico protestou antes mesmo de o jogo iniciar, e o árbitro não gostou. Veja todas as polêmicas da rodada#27.

Flamengo 0 x 1 Fluminense

Os minutos finais do clássico de domingo, no Engenhão, foram tumultuados para o árbitro Marcelo de Lima Henrique. Primeiro, aos 41 minutos do segundo tempo, o juiz apitou pênalti do volante Diguinho, do Tricolor, no lateral Wellington Silva, do Rubro-Negro. O comentarista do SporTV Paulo Cesar Vanconcellos concordou com a marcação.

- Não tem o que discutir. O Diguinho chega atrasado e, quando o Wellington faz o drible, é derrubado. Ele dá uma amplificada, que é normal de qualquer jogador brasileiro, mas foi pênalti.

No minuto seguinte, o atacante Vagner Love completou para as redes um cruzamento da esquerda, do meia Renato Abreu. Seria o empate do Flamengo, mas o lance foi anulado por impedimento do camisa 99 rubro-negro.

Na opinião de Paulo Cesar Vasconcellos, novamente o trio de arbitragem acertou na decisão.

- Foi muito bem o assistente. O Flamengo não tem do que reclamar. O Vagner Love está mesmo um pouquinho à frente - afirmou o comentarista.

Portuguesa 1 x 1 Atlético-MG

No sábado, no Canindé, a Lusa poderia ter aberto o placar aos 44 minutos do primeiro tempo, com Bruno Mineiro. O atacante aproveitou cruzamento de Ananias, girou e bateu para o gol. No entanto, para o árbitro Elmo Alves Resende Cunha, o artilheiro da Portuguesa usou a bola para dominar a mão. Para o comentarista do SporTV Müller, o juiz da partida estava muito seguro ao apitar a irregularidade.

- O assistente não viu nada, foi o árbitro quem deu a mão do Bruno Mineiro. Ele estava em cima da jogada - afirmou o comentarista.

Grêmio 1 x 1 Santos

Com seis minutos do segundo tempo, no Olímpico, o atacante Neymar recebeu o cartão vermelho direto, do árbitro Nielson Nogueira Dias. O craque do Peixe, para o juiz, teria pisado de propósito no lateral-direito Pará, do Grêmio. Para o comentarista Batista, o juiz acertou ao expulsar o santista, mas o tricolor também merecia uma punição.

- Realmente, quando o Pará está no chão, o Neymar pisa, força a perna de apoio em cima do Pará. Mas o Pará também coloca a perna e deveria ter levado um cartão amarelo - disse.

Coritiba 1 x 1 São Paulo

Aos 42 minutos do primeiro tempo da partida no Couto Pereira, o atacante Ademílson, do Tricolor, caiu após dividida com o goleiro Vanderlei, do Coxa. O árbitro Péricles Bassols não viu penalidade e ainda aplicou cartão amarelo ao jogador são-paulino por simulação. O comentarista de arbitragem da TV Globo Leonardo Gaciba concordou que não houve infração, mas considerou a punição exagerada.

- Não existiu nada. Se existiu contato, é porque o Ademílson deixou a perna para bater. Mas a punição só está acontecendo porque o lance foi dentro da área. O jogador tem que ser punido pela simulação, e não pelo local onde ela ocorre - disse o analista.

No segundo tempo, aos 14 minutos, mais uma polêmica dentro da área. Desta vez, o árbitro marcou pênalti depois que o meia Rafinha, do Coritiba, caiu dentro da área, ao perceber o carrinho do zagueiro Rhodolfo, do São Paulo. Neste lance, Leonardo Gaciba acredita que Péricles Bassols errou, mas não condena o árbitro.

- É muito difícil ver se houve contato físico. Parece que o jogador não é tocado. Eu tenho direito a vários replays. Lá dentro, o árbitro não tem isso. Para complicar, ele vê a jogada de frente e o ideal seria ver pela lateral.

O gol de empate do Tricolor Paulista saiu aos 38 minutos do segundo tempo. Após arrancada de Lucas, a bola sobrou para o atacante Osvaldo, que mandou para as redes. A posição do jogador são-paulino era duvidosa, mas o trio de arbitragem validou a jogada. Mais uma vez, Leonardo Gaciba vê erro da arbitragem, mas ressalta a dificuldade do lance.

- Até com a imagem parada é difícil de perceber o impedimento, mas realmente o Osvaldo estava um pouco à frente.

Náutico 2 x 0 Atlético-GO

A partida entre Timbu e Dragão, nos Aflitos, teve seu início atrasado por causa de um protesto dos torcedores do time pernambucano. Uma faixa com os dizeres "Não vão nos derrubar no apito" estava na arquibancada dos Aflitos. O árbitro Leandro Pedro Vuaden, ofendido, não deu início ao jogo enquanto a faixa esteve aberta. O comentarista Lúcio Surubim acredita que o juiz não poderia ter atrasado o apito inicial.

- Não tem necessidade nenhuma de o árbitro fazer isso. Ele tem que apitar o jogo independentemente do que esteja se passando na arquibancada. Não tem nada a ver.

Cruzeiro 0 x 0 Internacional

A diretoria da Raposa deixou a cidade de Varginha, no sábado, reclamando da arbitragem de Paulo Cesar de Oliveira. Logo aos 12 minutos do primeiro tempo, o atacante Borges, do time celeste, caiu dentro da área, após choque com o lateral Nei, do Colorado. Para o comentarista Bob Faria, não houve nenhuma infração na jogada.

- O Borges "cavou" direitinho. Ele não foi puxado - afirmou o comentarista.

As polêmicas na jogada continuaram na hora da cobrança. Borges bateu e converteu, mas Paulo Cesar de Oliveira anulou o gol, alegando que jogadores dos dois times invadiram a área antes do chute. Na segunda tentativa, o atacante mandou para fora. Para o comentarista André Rizek, neste caso, a Raposa tem razão.

- Tinha jogador do Inter dentro da área antes da cobrança. Era para ter batido o pênalti de novo - afirmou André Rizek.

No segundo tempo, mais um protesto da Raposa, aos 21 minutos. O lateral Everton, do Cruzeiro, recebeu passe dentro da área e foi desarmado pelo volante Lucas Lima, do Internacional. O jogador celeste pediu toque de mão do colorado. Paulo Cesar de Oliveira, porém, deixou o lance seguir. Para André Rizek, a reclamação do time celeste não procede.

- A intenção do jogador do Internacional de cortar a bola com a mão foi zero. Foi um lance  de bola na mão.

Corinthians 3 x 0 Sport

Com dois minutos do segundo tempo, quando a partida ainda estava empatada por 0 a 0, o atacante Rithely, do time pernambucano, caiu na grande área, após choque com o goleiro Cássio, do Corinthians. Para o árbitro Jean Pierre Gonçalves Lima, nada aconteceu na jogada. O comentarista do SporTV Maurício Noriega concordou com a decisão do juiz. 

- É uma trombada inevitável, os dois estavam indo para disputar a bola. O Rithely nem estava olhando para onde ia. Não vejo como falta - disse.