Rafinha ficou fora durante vários jogos na temporada
(Foto: Marco Aurélio Garcia/RPCTV)
A calmaria do Coritiba não se restringe ao ritmo de treinamento ou ao número de jogos na reta final da temporada. Após um ano tumultuado no departamento médico, o Coxa consegue ficar um mês sem dar entrada em novos jogadores lesionados.
O último problema registrado foi com o zagueiro Cleiton, que sofreu um estiramento no posterior da coxa esquerda, durante o empate sem gols com o Grêmio.
Do dia 20 de outubro para cá, a comissão técnica só teve desfalques por conta de suspensões automáticas. O momento é lembrado com alívio pelos médicos alviverdes, que tiveram trabalho para dar suporte ao elenco durante um período de calendário apertado.
O Coritiba é o time brasileiro que mais disputou partidas oficiais em 2012, e pode terminar o ano na segunda colocação, perdendo somente para o São Paulo (que ainda disputa a Copa Sul-Americana). A marca teve uma influência direta no número de lesões, principalmente em relação as mais graves.
O lateral Jackson, o volante Sérgio Manoel, o zagueiro Emerson e o atacante Everton Costa são os principais exemplos. Os jogadores precisaram de cirurgias e tempo de recuperação com uma média de seis meses. Além deles, o próprio zagueiro Cleiton teve uma lesão grave em janeiro - durante a pré-temporada -, e o atacante Keirrison nem chegou a jogar e sofreu uma nova ruptura do ligamento do joelho esquerdo.
Um motivo de tranquilidade para o departamento médico e preparação física"
Glydiston Ananias, preparador físico
O momento positivo no departamento médico coritibano é creditado ao novo ritmo de jogos no Campeonato Brasileiro. O Coritiba foi desclassificado da Copa Sul-Americana ainda na primeira fase e atua uma vez por semana há mais de um mês. Sem sobrecarregar tanto a parte física dos atletas, o número de lesões diminui na mesma proporção.
Para o coordenador de preparação física do clube, Glydiston Ananias, a nova situação é fruto do trabalho de fortalecimento do grupo, principalmente para suportar a reta final da temporada - uma das épocas mais complicadas do ano.
- Chegar no final da temporada com vários jogadores à disposição, sem contar os que estão com uma recuperação mais longa, é muito bom. Um motivo de tranquilidade para o departamento médico e preparação física.
Para Ananias, a intensificação de um trabalho preventivo foi maior após a chegada do técnico Marquinhos Santos, em que o Coritiba precisava se livrar do risco real de cair para a Série B. As lesões continuaram, mas os desfalques mais graves foram diminuindo com o passar das rodadas.
- Adotamos um trabalho de cautela, para não sobrecarregar tanto o jogador, que já está desgastado pelo tanto de jogos durante o ano. O treinador precisava do maior número possível de atletas disponíveis, por isso procuramos ser mais cuidadosos e atenciosos na preparação física - completa.
