LANCEPRESS!
23/08/2012 - 15:03
São Paulo (SP)
O presidente da Confederação Brasileira de Futebol, José Maria Marín, falou pela primeira vez após demitir Sérgio Corrêa da presidência da Comissão Nacional de Arbitragem, em entrevista concedida durante visita às obras da nova arena do Palmeiras. A mudança no cargo, que agora passa a ser ocupado pelo ex-auxiliar e ex-corregedor da CBF Aristeu Leonardo Tavares, foi classificada pelo mandatário como a medida ideal:
- Medida mais imediata e completa. Sobre arbitragem não tenho mais nada o que falar. Uma mudança rápida, completa, e tenho certeza absoluta que estamos aprimorando. Tenho confiança absoluta, como tinha no Sérgio Correa, mas achei que era o momento de fazer. Para mim e para o torcedor, não bastou a reciclagem do bandeirinha. Com essa medida ficou demonstrado que a CBF dá prioridade ao setor de arbitragem - afirmou.
Questionado sobre a possibilidade de adotar maiores mudanças, Marin foi enfático e disse acreditar que o novo comando na Conaf pode trazer as melhoras necessárias e esperadas:
- Tudo o que for bom para a arbitragem vamos estudar, mas estou tranquilo no momento com as alterações feitas. Demonstra que a CBF não mede esforços e sacrifícios no sentido de aprimorar mais a arbitragem no futebol brasileiro. O que tinha que ser mudado já mudou, vamos dar um voto de confiança a essa comissão e tenho certeza que todos ficarão satisfeitos - explicou.
Para o homem forte do futebol brasileiro, o mais importante, quando se fala em arbitragem, é garantir a independência e a invulnerabilidade dos juízes e auxiliares diante de possíveis interferências externas. Para o mandatário, a história recente endossa essa preocupação:
- Em termos práticos, demonstra que o departamento de árbitros e a comissão são totalmente independentes. Na FPF eu nunca insinuei, indaguei ou me intrometi nos árbitros. Eu delegava, com responsabilidade. Não existe qualquer comprometimento do presidente da CBF com quem quer que seja, e eu exijo a mesma indepedência do setor de arbitragem. Isso significa não aceitar qualquer insinuação de escalação ou veto a árbitro. Com ninguém eu tenho compromisso, o que eu quero é que a arbitragem seja acima de tudo correta e totalmente independente.
A discussão sobr eo nível da arbitragem brasileira tem sido frequente nos últimos anos, tanto na imprensa esportiva como entre os torcedores. Para José Maria Marin, a repercussão dos erros, como o cometido por Emerson Augusto de Carvalho no clássico entre Santos e Corinthians, é importante para uma avaliação do quadro e a tomada de decisões:
- Desde o primeiro dia disse que esse setor ia receber minha maior atenção. Errar é humano, não quero que o juiz seja perfeito, mas dentro do jogo de futebol, você tem que distinguir o erro natural do erro doloso, intencional, isso que não pode existir. O termômetro para decisão é vocês (imprensa). Hoje, com os meios de comunicação, dá para fazer uma avaliação, não isolada, mas pegando o conjunto dos comentários, você toma uma decisão, como eu tomei e assumo toda a responsabilidade. Queremos que dê o resultado esperado, quem sai ganhando é o torcedor, é o que todos nós queremos - concluiu.
O auxiliar Emerson de Carvalho, que deu início à polêmica com seu erro, voltou a atuar nesta quarta-feira, na partida entre Grêmio e Coritiba pela Copa Sul-Americana. Na ocasião, validou corretamente o segundo gol da equipe Gaúcha, ao intepretar que o atacante Marcelo Moreno estava em posição legal.
