sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Polêmicas da rodada#17: excesso de cartões, pênaltis e gols irregulares

Gols que deveriam ser anulados, excesso de cartões e pênaltis não dados foram a tônica das polêmicas de arbitragem na 17ª rodada do Campeonato Brasileiro. Gol de Barcos, do Palmeiras, diante do Flamengo, e de Wellington Paulista, do Cruzeiro, contra o Fluminense, foram marcados após impedimento e toque de mão, respectivamente, segundo os comentaristas do SporTV. Um possível contato da bola com o braço de Fellipe Bastos, do Vasco, antes do segundo gol do Time da Colina sobre o Coritiba, também levantou reclamações. Para o comentarista e ex-zagueiro Edinho, existiu o contato.

Três penalidades máximas ignoradas pelos árbitros foram exigidas por Cruzeiro, Atlético-MG e Fluminense. Na partida na Arena Barueri, entre Flamengo e Palmeiras, o juiz Célio Amorim abusou do número de cartões - 13 amarelos e 1 vermelho. Para o comentarista de arbitragem Renato Marsiglia, o uso contínuo ilustrou a má atuação da autoridade no gramado.

Confira os lances a seguir:

Vasco 2 x 2 Coritiba - Bola na mão de Wendel no segundo gol vascaíno

O segundo gol do Time da Colina, aos 42 minutos do segundo tempo, levantou muita reclamação dos jogadores do Coxa. Isso porque, antes de ir para as redes na cabeçada de Wendel, a bola acertou o braço do meia Fellipe Bastos, mas o árbitro Jaílson Macedo Freitas não interpretou o lance como ilegal. Já o comentarista Edinho, sim.

- Para mim foi mão - disse o analista.

Figueirense 1 x 3 Santos - De polêmico, apenas impedimento de Aloísio

Na Vila Belmiro, o atacante Aloísio recebeu um belo lançamento, aos oito minutos do primeiro tempo, e ficou livre da marcação na entrada da área do Peixe. O assistente, porém, levantou a bandeira e marcou impedimento, que não existiu, na análise do comentarista Maurício Noriega.

- Não estava impedido não. Há condição dada pelo zagueiro do Santos, David Braz - disse o analista.

Em seguida, aos nove minutos da primeira etapa, o time santista ficou com um a menos em campo após a expulsão do lateral-esquerdo Juan. Para Noriega, o árbitro Emerson Ferreira acertou ao aplicar diretamente o cartão vermelho, já que o jogador impediu uma chance clara de gol do atacante adversário Caio.

- Foi muito bem aplicado. Falha incrível do Santos na cobrança de escanteio de ataque, foi com oito jogadores e deixou só dois na defesa. O Caio ia entrar para fazer o gol, era a chance clara - disse Noriega.

A expulsão direta do volante Túlio, do time catarinense, aos 30 minutos do primeiro tempo, também foi justa, na opinião de Noriega. O jogador deu um carrinho "criminoso" em Neymar.

- Entrada é violenta, nem temerária, nem imprudente. É com força desproporcional. Entrou pesado, com pé alto, concordo com a marcação.

Náutico 3 x 0 São Paulo - Pênalti bem marcado para o Timbu

O lance que chamou a atenção no estádio dos Aflitos foi o pênalti marcado a favor do Timbu, aos 12 minutos do primeiro tempo. O atacante Kieza, do time pernambucano, chutou em direção ao gol de Rogério Ceni, mas o zagueiro Rafael Tolói defendeu a bola com o braço esquerdo. Apesar do arremate ter sido a poucos metros do defensor e muito rápido, o árbitro José de Caldas Souza não teve dúvidas e assinalou a penalidade máxima, que existiu, na opinião do comentarista de arbitragem Leonardo Gaciba. O gol abriu o placar do jogo.

- Pênalti. Uma ação deliberada do jogador. A bola estava longe do jogador, dava tempo para fazer uma ação defensiva. Realmente, ele leva o braço contra a bola - disse o analista.

Grêmio 1 x 2 Portuguesa - Impedimento de Kléber mal assinalado

No Olímpico, Elano chutou em direção ao gol aos 30 minutos do primeiro tempo, e a bola sobrou para o atacante Kléber, mas o jogador do Tricolor Gaúcho foi considerado impedido pelo assistente paranaense Aristides Pereira da Silva. Na visão do comentarista Batista, o "Gladiador" estava em posição legal.

- Vemos que está errado porque tinha jogador dando condições. Ficou impedido quando chegou, mas na hora da batida não estava - disse.

Cruzeiro 1 x 1 Fluminense - Gol ilegal da Raposa e dois pênaltis não marcados

Ambas as torcidas, assim como os jogadores, reclamaram muito da arbitragem do catarinense Paulo Godoy Bezerra, no estádio Independência. O primeiro lance ocorreu aos três minutos do primeiro tempo, justamento no gol de Wellington Paulista, da Raposa. O jogador parece dominar a bola com o braço antes de chutar para as redes após cobrança de lateral de Ceará. Para Leonardo Gaciba, houve o toque ilegal do atleta.

- Não há imagem conclusiva, mas tenho a convicação de que, com a cabeça, ele não conseguiria parar a bola como parou. Seria necessário "algo a mais" para tal ação, o que me leva a crer que houve uso ilegal do braço - disse.

Aos 35 minutos do primeiro, quem reclamou foi a Raposa. O meia-esquerda Everton, do time mineiro, foi empurrado pelo tricolor Wallace dentro da área. O juiz, contudo, não assinalou pênalti.

- Pênalti. Há um empurrão por trás que desequilibra o atacante do Cruzeiro - disse o comentarista.

Aos 40 do segundo tempo, o meia Thiago Neves, do Tricolor, foi desequilibrado na área da Raposa pelo lateral-direito Ceará, que em seguida se choca com Rafael Sóbis. Na análise de Gaciba, houve penalidade máxima sobre o primeiro jogador.

- Com Sóbis, tudo legal. Já com Thiago Neves, houve a infração. A raspada na bola não permite ao atleta que atinja o adversário desta forma. Na minha opinião, mais um pênalti não marcado - disse.

Atlético-GO 1 x 1 Atlético-MG - Vermelho acertado, mas ficou devendo pênalti

Aos 21 minutos do primeiro tempo, o árbitro capixaba Marcos André Gomes paralizou a partida no Serra Dourada. Havia sido comunicado de uma agressão do meia Joilson, do Dragão, sobre o volante Leandro Donizete, do Galo, e expulsou direto o primeiro. Na opinião do comentarista Léo Figueiredo, o cartão vermelho foi bem aplicado.

- Não foi o árbitro que viu, foi o árbitro adcional. Houve sim a agressão, o Joílson larga o braço sobre o Leandro, é agressão para expulsão - disse.

Na segunda etapa, aos 29 minutos, o volante Carlos, do time goiano, segurou o meia Bernard, do Galo, após um cruzamento sobre a área do Dragão. Apesar dos mineiros pedirem um pênalti, o árbitro não marcou. Para Léo Figueiredo, a penalidade máxima existiu.

- Ele continua, pendura com o braço direito e depois segura - disse o analista.

Palmeiras 1 x 0 Flamengo - Gol impedido de Barcos e excesso de cartões

O jogo na Arena Barueri foi marcado por polêmicas. Aos 29 minutos do primeiro, o volante Ibson, do Rubro-Negro, fez falta no meia Valdivia, do Verdão. Como já possuía o cartão amarelo, recebeu a segunda advertência e foi expulso pelo árbitro catarinense Célio Amorim. Na análise do comentarista de arbitragem Renato Marsiglia, o jogador, que alegou ter escorregado no gramado, poderia ter sido poupado do cartão vermelho. A perda em campo ainda na primeira etapa enfraqueceu o time carioca na partida.

- Escorregou, é verdade. O árbitro poderia ter tido um pouco mais de jogo de cintura. Houve um erro de interpretação da arbitragem. Para expulsar, tem que ser algo grave. Ele se equivocou e cometeu um excesso - disse Marsiglia.

O lance mais polêmico, porém, ocorreu aos 32 minutos da primeira etapa. O gol da vitória alviverde foi marcado pelo atacante Barcos, que estava impedido, segundo apontou o tira-teima.

- Posição dele era suspeita. Ele está em posição avançada em relação ao último defensor do Flamengo, o Marllon. Estava em posição irregular - disse o comentarista.

Marsiglia ainda chamou a atenção para o número de cartões amarelos aplicados no jogo. Foram treze, além do cartão vermelho aplicado a Ibson. Para o comentarista, houve excesso de punição do árbitro.

- Ele usa o cartão como bengala, tem que apitar com personalidade. Treze cartões é um recorde, pelo menos nesse campeonato - disse.

Acompanhe os debates do Troca de Passes